O comércio constitui uma das atividades de maior relevância para a economia do Amazonas, inserido no setor de Serviços, que representa 47,41% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Dentro desse setor, o comércio contribui com 19,72% do valor adicionado, posicionando-se como a segunda atividade econômica mais significativa. De forma agregada, a participação do comércio no PIB do estado corresponde a 8,64%, evidenciando seu papel estratégico na estrutura econômica regional, segundo dados da SEDECTI (2024).
A expansão territorial do comércio nas últimas décadas acompanha o adensamento populacional e o processo de crescimento urbano da capital. Verificou-se, nesse período, uma descentralização gradual das atividades comerciais anteriormente concentradas no centro histórico de Manaus, com sua redistribuição para bairros periféricos e áreas de maior densidade residencial, especialmente aquelas de classe média e média-alta. Esse processo contribuiu para a formação de novos polos comerciais, com destaque para o crescimento do setor varejista em shopping centers, supermercados, mercados municipais, feiras livres e empreendimentos de pequeno e médio porte.
O comércio atacadista também apresenta tendência de expansão, acompanhando o desenvolvimento da infraestrutura urbana da Região Metropolitana de Manaus (RMM). Projetos como a melhoria da rodovia AM-070, a reforma da AM-010, a implantação de novas vias e o Anel Viário de Manaus, além da pavimentação de ramais estratégicos, têm favorecido a mobilidade urbana e o escoamento da produção, o que impacta positivamente a dinâmica comercial estadual.
A atividade comercial segue como um dos pilares econômicos do estado, demonstrando capacidade de adaptação ao crescimento urbano e à expansão regional, mantendo sua relevância na geração de receita, bem como na integração socioeconômica entre capital e interior.