A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI) recebeu no dia 25/09, em uma quinta-feira, o conselheiro macroeconômico e financeiro da Embaixada da França no Brasil, Rafael Cezar. Durante à visita, foram apresentados o histórico da Zona Franca de Manaus (ZFM) os inventivos fiscais disponíveis e a relevância econômica do modelo para o desenvolvimento sustentável do Amazonas.
Durante a reunião, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da SEDECTI, Gustavo Igrejas apresentou uma linha do tempo da Zona Franca de Manaus, dividida em três grandes fases: o período inicial, marcado pelo comércio impulsionado pelo Decreto-Lei nº 288/1967; a fase de verticalização industrial com o índice de nacionalização, criado em 1975; e, posteriormente, a adoção dos Processos Produtivos Básicos (PPBs) na década de 1990, após a abertura econômica promovida pelo governo Collor.

Igejas destacou que, apesar das crises enfrentadas ao longo das décadas, como a crise financeira de 2008, a recessão de 2015/2016, a pandemia de COVID-19 e as recentes estiagens severas na região, a ZFM segue se reinventando e demonstrando resiliência.
“Hoje temos uma indústria extremamente verticalizada, com 550 empresas instaladas, empregando diretamente mais de 130 mil pessoas, e com forte impacto indireto na economia local. Estima-se que mais de 600 mil pessoas dependam da Zona Franca de Manaus, uma metrópole amazônica com mais de 2.2 milhões de habitantes” ressaltou Igrejas.
O Secretário também apresentou dados de faturamento, que chegou a US$ 41 bilhões em 2011 e voltou a se aproximar desse patamar em 2024, após a recuperação pós-pandemia. Segundo projeções, o Polo Industrial de Manaus deve alcançar US$ 40 bilhões em faturamento.
Interesse francês
Na ocasião, o conselheiro Rafael Cezar destacou o interesse da França em ampliar as oportunidade de cooperação com a região amazônica. Segundo ele, o objetivo é fortalecer iniciativas que estimulem o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, contribuam para a preservação da floresta.

“O nosso interesse é de conhecer melhor o Brasil fora do eixo Rio-São Paulo, que concentra a maioria das empresas francesas. A Amazônia é uma prioridade para nós. Queremos contribuir para trazer desenvolvimento sustentável à região, sem destruir a floresta. Contamos com instrumentos como a Agência Francesa de Desenvolvimento e empresas interessadas em participar desse processo. Nosso papel é servir de ponte para que isso aconteça”, afirmou Cezar.
Sustentabilidade
Outro ponto enfatizado pela SEDECTI foi o papel da Zona Franca na preservação da floresta amazônica. Com 97% do território estadual ainda preservado, o modelo se consolidou como um mecanismo de equilíbrio entre geração de empregos, arrecadação e proteção ambiental.

O encontro contou com a participação do titular da SEDECTI, Serafim Corrêa, dos secretários-executivos Gustavo Igrejas. Jeibi Medeiros e Tayana Rubim, além dos técnicos do Departamento de Atração de Investimentos e Comércio Exterior, Sidnei Magalhães e Guilherme Vilagelim.
