Nesta quarta-feira (15/05), o estado do Amazonas recebeu os Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI). O encontro reuniu divergentes representantes do governo estadual, da academia, do setor produtivo e da sociedade civil para contribuírem com propostas de planejamento a longo prazo, mas com o foco na inovação, fortalecimento da bioeconomia, valorização dos conhecimentos tradicionais, soberania tecnológica e supera das desigualdades regionais.
Com a presença do secretário Serafim Corrêa no encontro, ele faz um discurso relatando a importância de ouvir os estados para a auxiliar a agenda nacional sem desconsiderar as diversidades regionais.
“A visão local é indispensável para construirmos um Brasil mais justo, racional e verdadeiramente integrado à Amazônia. Precisamos superar essa ideia de que existem dois países: o Brasil e o Grão-Pará e o Rio Negro. Somos uma única nação desde 1823”, afirmou em sua fala.
A representante da secretária nacional de Planejamento do MPO, Virgínia de Ângelis, menciona sobre a essencialidade da formulação de uma estratégia nacional que contemplo as especificidades da região amazônica.
“O Amazonas é um estado chave para o Brasil, principalmente diante das mudanças climáticas. Queremos saber quais são os principais desafios e potencialidades locais para promover um desenvolvimento sustentável e integrado para o próximos 25 anos”, declarou.
Em sua fala ela ressalta sobre o trabalho do Governo Federal e seu trabalho na construção das rotas de integração sul-americana, como a Rota 2, que passa pelo Amazonas, uma das ações estruturantes da Estratégia Brasil 2050. As rotas têm duplo papel de incentivar o comércio do Brasil com países da América do sul com o intuito de diminuir o tempo e o custo de transporte de mercadorias entre o Brasil, os países latino americanos e a Ásia.
Academia propõe mais ciência
A reitoria Tanara Lauschner, representante da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) salientou o papel e a importância das universidades institutos federais na formação de talentos e produção de conhecimento para a Amazônia.
“Não se pode pensar no futuro de um país sem educação. Então, nós precisamos de investimentos. Precisamos diminuir a assimetria que existe hoje entre a região Norte e as demais regiões do país, principalmente o Sudeste, para que a gente, de fato, consiga o desenvolvimento social da nossa população, da população que vive na região amazônica. É cada vez mais fazer pesquisa, fazer extensão, pensar em soluções de ciência e tecnologia para a nossa região”, explicou Tamara.
Indústria defende inovação e bioeconomia
Nelson Azevedo, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), afirmou em sua fala que o setor produtiva está empenhado em contribuir com ideias que atualizem e fortaleçam a matriz econômica regional.
“Queremos aproveitar este momento para reafirmar o valor da nossa bioeconomia e da Zona Franca de Manaus, com foco na geração de tecnologia, inovação e valorização dos nossos recursos naturais de forma sustentável”, declarou.
Fotos: Bruno Leão/ Sedecti
Fonte: Sedecti